VIDA DE SERTANEJO
Na cidade grande
Há água em abundância
Pra lavar as roupas das crianças
Pra beber e também desperdiçar,
Que tristeza, da vontade de chorar.
Em meu sertão o povo luta
Contra a sede e a fome
Nos olhos um verde que some
Com a falta d’água de uma seca
Que parece não ter mais fim.
Em meu sertão está dum jeito
Onde nada mais se cria
Até o mandacaru que tanto resistia
Não sobrevive mais a densa seca,
A única coisa que alimenta o povo na região
É a fé que esse povo sofrido carrega
Em seu humilde coração,
E por enquanto que a chuva não vem
A gente vai dando asas a esperança
Sobrevivendo com o pouco que se tem.
Edu José.