Grão
Venha se quiser correr todos os riscos
Ciscos nos teus olhos não te impedem de enxergar
Não te prometo a eternidade, sou guerreira da verdade...
Na fogueira das vaidades, minto pra te agradar
Doce é o veneno que escorre dos meus lábios
Sábios dizem palavras amargas, que me matam devagar
Suave é a visão da minha liberdade
Maldade é fingir, dizer não acreditar
Se me quer eu sou só tua
Se não quer, sou de quem eu quiser
Não me prenda no teu ego
Não me faça acordar
Sou maldade e não nego
Quero mesmo despertar
Sonha comigo se pretende outra dimensão
Sonha comigo, se não quer viver em vão
Verás ao despertar que o dia brilha mais bonito
Mais bonito e verdadeiro, teu sorriso faceiro
Que me encanta e desabrocha quando tão real o grão...
(São Paulo, 21 de Abril de 2010.)