Vai, Vai, Brasil!
Nasceu um poeta que se dava o respeito
Era amigo do peito, de um escravo sofredor
O tempo passou, e o poeta encantou
Descreveu sua história, pra tirar a dor, do peito
A Princesa já havia passado
Pra sempre libertado
O escravo sofredor
Mas, de Lei em Lei, eis o pecado
De senador em senador, nasce
O escravo remunerado
Entrou na dança, toda raça,
Toda cor
Criaram pontes, ao criarem tantas Leis
E para esconder a grande explosão
Inventaram: bolsa família e cesta básica
Cobrando imposto dobrado
Trocaram a fome pela desilusão
Fizeram amigos e abriram fronteiras
Onde passam drogas e armas pesadas
Por onde se faz política intensamente
Fazendo o povo perder a estribeira
A democracia é muito disputada
A lei se confunde em seus mil e um artigos
Vai pra cadeia o bom cidadão
Pode crer os bandidos se passam de amigos.
Vai, vai, vai
Brasil de mil e uma cores
De ódio e amores
De soberanos infiéis
Vai, vai, vai,...
Levar pra eles o meu recado
Diga que já me cansei
De ser
Escravo remunerado.