O silencio da tua queixa.
Eu quero ser um ramalhete
Sobre o teu livro de cabeceira
Ouentão aquele inocente bilhete
Que te fez virar na cama a noite inteira.
Aquele teu lindo vestido verde
Que conhece toda tua intimidade
O teu suave vai e vem lá na rede
Na manhã que bate aquela saudade.
A tua singela flor predileta
Aquele bem-te-vi na tua piscina
Até mesmo as jararacas e as borboletas
Nas tuas frias manhãs de neblina.
A noite em que o sono te deixa
Aquele teu vestido marrom clarinho
Ou só o silencio da tua queixa
O espelho onde vê teu cabelo em desalinho.
O barulho da velha impressora
A borboleta na tua porta pousada
Esse teu dom meigo de sedutora
Quero vigiar teu sono na madrugada.