Madrugada de quarta feira
Madrugada de quarta feira
o cansaço maltrata a gente,
que crente na brincadeira
se deixa cantar atôa
e a fossa nos sangra o peito
de um geito que não perdôa,
e a gente não faz as contas
do quanto brincou com a vida,
do que não restou saída
na vida do faz de conta,
deswponta a realidade
e a verdade não brinca não,
e o tempo virou saudade
brincando com o coração.
Manhã quando acaba a festa
os restos da alegria
são trapos da fantasia;
a hora é de trabalhar
o conde virou palhaço
em breve estação de tempo,
e a festa se fez lamento,
nem tempo tem pra chorar