O que sonha e sonhou.
Não foi o meu pai que me ensinou
A gostar tanto da madrugada
Aconteceu quando o amor chegou
E o sono se bateu em retirada.
Então tudo em mim mudou
Não consigo pensar mais em nada
Sempre noite a dentro lá estou
Com a minha amiga caneta prateada.
Contando o que sonha e o que sonhou
Com a beleza impar de uma fada
Que meu caminhu um dia cruzou
De mansinho como quem não quer nada.
E no meu simples coração se alojou
Como uma avezinha assustada
Que só em se esconder pensou
Sem nem notar minha alma agitada.
Da madrugada grande fã ainda sou
Enquanto poesias são rimadas
Pensando nessa guria eu vou
Em busca de uma manhã ensolarada.