Sempre igual..
Desde aquele dia, quando eu acordei na madrugada
Tudo parecia errado, o cachorro sumiu, o galo cantou
Tudo que era colorido, escureceu
O dia parecia não amanhecer
E tudo que esperava, não aconteceu
Logo pela manhã, já recebi a notícia
Era minha mãe falando da Dona Zilda
Aquela senhora, simpática, amorosa e bem de vida
É, bebeu tanto que acabou na rua da amargura
Sozinha, sem família e sem cura
Dona Zilda, morreu e foi beber no Céu
Tudo sempre igual, como sempre foi
As coisas ruins sempre são maiores que as boas
As pessoas ruins sempre são melhores que as boas
O mal sempre vence o bem
E a humanidade continua na mesma situção
Quem é, é..Quem não é, coça o pé
Logo à tarde, quando saio na rua
Já vejo um acidente entre um carro e uma moto
Era aquele moleque que batia mãe
Era drogado, mal visto e contra tudo
O pai era o motorista do carro
Que bateu na moto sem saber que era próprio filho, que naquela hora acabara de matar
Que história triste para um sábado à tarde
Início de noite e aquela festa de sábado à noite
Um baile, uma formatura, um casamento, um aniversário
Tanto faz, na periferia é tudo sempre igual
A galera toda reunida e no meio tem até animal
Aquele primeiro a cair, quem não sabe beber, bebe leite
O segundo a cair, o que vai na dos outros e sempre se dá mal
O terceiro, drogado, cheirado e bêbado
Daí pra frente a situação só piora
Tudo sempre igual, como sempre foi
As coisas ruins sempre são maiores que as boas
As pessoas ruins sempre são melhores que as boas
O mal sempre vence o bem
E a humanidade continua na mesma situção
Quem é, é..Quem não é, coça o pé