Sanfona Mulher
Eu levo essa dama bonita
E ninguém acredita
Nos passos que eu danço
A moça me lança um feitiço
Quem sabe é por isso
Que eu nunca me canso
Eu toco sanfona e seus baixos
Não há descompasso
A gente se quer
Que bênção, que coisa divina
Ninguém imagina
Sanfona é mulher
É moça bonita a sanfona,
É puro desejo, é minha dona
É forte mas não me abandona,
É pura paixão, é sanfona
A moça que sempre me encanta
Também me acalanta
No meu dissabor
Sem ela não durmo direito
Não vivo, rejeito
Até outro amor
Eu toco sanfona e seus baixos
Não há descompasso
A gente se quer
Que bênção, que coisa divina
Ninguém imagina
Sanfona é mulher
É moça bonita a sanfona,
É puro desejo, é minha dona
É forte mas não me abandona,
É pura paixão, é sanfona
É puro desejo, é minha dona,
É linda, é mulher, é sanfona
(Um dia, minha prima-irmã Sandra Mara perguntou a um cidadão: "Você toca uma mulher com o mesmo carinho com que toca sua sanfona?" A resposta foi além da demonstração, mas a história serviu de inspiração. Então, minha gratidão à Sandroca e aos amigos Marcone, Jean Carlos e Messias, respectivamente sanfoneiro e cantores da banda de forró 'Pai d'Égua', ao som da qual me divirto à beça quando danço forró, baião e xaxados legítimos - e, de sobra, uns sambinhas de Jackson do Pandeiro! Que a banda continue na estrada e que o fole e as gargantas aguentem, porque nossos pés - e o resto do corpo todo - e a alegria também - sempre pedem mais!)