Um monólogo.
De que vale esse meu romantismo
E esse meu jeito carinhoso de ser
Pra que no meu verso algum lirismo
Se ela ignora e insiste em não ler.
O que importa ser um trovador
E ter o dom sublime de escrever
Se eu só aprendi falar de amor
E isso as vezes é dificil entender.
De que adianta palavra bonita
Pra ficar jogada em um canto
Deixando a alma ansiosa e aflita
E um olhar umedecido de pranto.
Um monólogo nem sempre resolve
É uma coisa meio que unilateral
Mesmo se chama atenção,não envolve
É como uma desconhecida peça teatral.
Ser um trovador ou ser um nada
Acredito nem ser essa a questão
Mas despediçar uma bela madrugada
Nunca esteve nos planos do meu coração.