VAIDADE INÚTIL

VAIDADE INÚTIL

I

Túmulos, memória de pedra,

que a vaidade do Homem constrói

tentando provar ao Mundo

que o Tempo nem tudo destrói.

I I

São êles bem conservados,

belos, vistosos e fúteis,

cheios de cinza e mau cheiro...

monstros sagrados e inúteis!

I I I (BIS)

Já morto, quero ficar

deitado numa campina,

servindo à Natureza

e às aves de rapina.

"NATO" AZEVEDO

(escrito por volta de 1972/73)