Teus Ais
Meia noite, na cidade,
E assim os bares,
Querem nos expulsar...
Minha música nem tocou na rádio,
Eu nem comprei o blazer,
Pra fazer seguro, não?
Escuto então, o teu nariz,
Fazendo vitamina no meu ouvido...
Uma aura que prediz, o estrabo, estranho,
Do seu sorriso...
E se me perguntas se estamos errado,
Irresponsável, prematuro ou dado?
Te respondo somos como vento, sem direção,
Na contramão e maleável,
Termina num chá de coxa, de fechadura,
Dos teus quadris,
Beijando a minha boca, tirando a roupa,
E no suor, descubro o teu bis...
Refrão
Assim,
Caminhando no desejo,
Sem fim,
Sem hora, pra acabar,
Ou sei lá,
Onde é que vamos ancorar,
Se é no teu cais, que finalmente acharei os meus ais.