Espírito maluco

È noite alta lá fora,

Contemplo do alto do edifício o vão.

Minha alma se atira no vazio vil da solidão.

Desde aquelas palavras de fogo,

Ditas após uma noite feliz,

Meu coração na corda bamba ficou por um triz.

Caiu um parafuso da cabeça.

Estou quase noutra dimensão.

De madrugada saio do meu corpo,

Feito uma assombração.

Fico a mercê da escuridão selvagem,

Caio em queda livre da tua mão.

Nesse vôo nenhuma porta aberta,

Nenhuma explicação.

Meu espírito maluco tá sem direção,

A um passo do absurdo de não ser razão.

Meu espírito maluco à toa pelo sim e pelo não,

Quer achar o norte a solução,

Tchau pra solidão.

A noite já foi embora,

Eu aqui tõ pagando pra ver

Sob efeito do sal da milésima lágrima,

Não consigo te esquecer.

O relógio alucinado grita toda a ira da minha quase morte.

Só por tua causa baby,

Saca só a minha sorte.

Tõ tentando virar esse jogo,

Só meu sofrer tem prorrogação.

Minha alma em sobressaltos,

Feito um bicho pagão.

Outra noite vara ao meu corpo,

Milhões de estrelas pelo chão.

Eu de desespero dou risada,

Pra alegrar meu coração..

Meu espírito maluco tá sem direção,

A um passo do absurdo de não ser razão.

Meu espírito maluco a toa pelo sim e pelo não,

Quer achar o norte a solução,

Tchau pra solidão.

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 15/11/2012
Reeditado em 30/11/2012
Código do texto: T3988148
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