URUGUAI, URUGUAIANA
Entre a ilha e a ponte onde o Uruguai se escancara
Com um caniço de taquara pesquei muito lambari
Embarcado na chalana na velha Uruguaiana
Vai singrando em tuas águas o meu tempo de guri
Uruguai tu és oceano prateado em noite de lua
Já nadei nas águas turvas, fostes praia, fostes mar
Onde eu vi naufragar meu barquinho de papel
Na enchente do cacaréu invadindo minha rua
Vens desenhando o Rio Grande descendo pelas barrancas
Em Uruguaiana te acampa sesteando à sombra da ponte
Quando a brasa no horizonte se apaga em raios dourados
Tuas águas levam as mágoas de deixarem o nosso Estado
Quero de cima da ponte te olhar, meu velho Uruguai.
Quando passas e te vai se bandeando para o “Prata”
Ver o sol que a sede mata mergulhando no teu leito
Afogando esta saudade que trago dentro do peito
Ficou o eco nos pilares das algazarras da praia
Do namorico e olhares e as ondas molhando a saia
Imagens que o tempo leva deixando um grande vazio
Levadas na correnteza das águas deste meu rio.
Entre a ilha e a ponte onde o Uruguai se escancara
Com um caniço de taquara pesquei muito lambari
Embarcado na chalana na velha Uruguaiana
Vai singrando em tuas águas o meu tempo de guri
Uruguai tu és oceano prateado em noite de lua
Já nadei nas águas turvas, fostes praia, fostes mar
Onde eu vi naufragar meu barquinho de papel
Na enchente do cacaréu invadindo minha rua
Vens desenhando o Rio Grande descendo pelas barrancas
Em Uruguaiana te acampa sesteando à sombra da ponte
Quando a brasa no horizonte se apaga em raios dourados
Tuas águas levam as mágoas de deixarem o nosso Estado
Quero de cima da ponte te olhar, meu velho Uruguai.
Quando passas e te vai se bandeando para o “Prata”
Ver o sol que a sede mata mergulhando no teu leito
Afogando esta saudade que trago dentro do peito
Ficou o eco nos pilares das algazarras da praia
Do namorico e olhares e as ondas molhando a saia
Imagens que o tempo leva deixando um grande vazio
Levadas na correnteza das águas deste meu rio.