O CORNO

Cuidado camarada com a mulher que você tem,

Ela sai com todo mundo, não vale um vintém.

Muitos dos teus amigos te consideram como otário,

Outros dizem coitado, do pobre operário.

Todo dia, toda hora, todo mês e todo ano,

Esse cara é enganado, sempre entra pelo cano.

Não escondo esse fato, nem omito a verdade,

Na favela, no centro, nas esquinas da cidade.

Sempre há um chifrudo, escondido por aí,

Depois que vira boi, tenta se redimir.

Quando sai pra trabalhar o zorro entra em ação,

Ele usa sua mulher, sua cama, seu colchão.

E ainda por cima, por traz dessa mutreta,

Tua mulher te põe um chifre e da pro outro a caderneta.

E ainda por cima, por traz dessa mutreta,

Tua mulher te põe um chifre e da pro outro a caderneta.

Fica esperto boi, pra não entrar em furada,

Dispensa a vagabunda, não pegue cobra d´agua.

Fica esperto boi, com que dizem por aí,

Qualquer dia o seu chapéu, no chão pode cair.

Fica esperto boi, pra não entrar em furada,

Dispensa a vagabunda, não pegue cobra d´agua.

Fica esperto boi, com que dizem por aí,

Qualquer dia o seu chapéu, no chão pode cair.

Não faça cara feia e não queira brigar,

Você foi nomeado e não tem como escapar.

É o boi numero um, chifrudo se preferir,

No rap do corno, se liga pra não dormir.

No embalo dessas minas com quem anda por aí,

Qualquer dia o seu chapéu, no chão pode cair.

Fica esperto boi, pra não entrar em furada,

Dispensa a vagabunda, não pegue cobra d´agua.

Fica esperto boi, com que dizem por aí,

Qualquer dia o seu chapéu, no chão pode cair.

Você não dá a minima, é um desorientado,

Finge não ser você, seu chifrudo conformado.

Se você sair na rua preste muita atenção,

Quem usa antena é televisão.

Fica esperto boi, pra não entrar em furada,

Dispensa a vagabunda, não pegue cobra d´agua.

Fica esperto boi, com que dizem por aí,

Qualquer dia o seu chapéu, no chão pode cair.