Meu amô num qué qu'eu vá
Esta é a história de um casal de escravos...
Ele querendo sair, à noite, escondido, para jogar capoeira com outros escravos enquanto a Negra, ardente em chamas, querendo o aconchego dele, faz chantagem para que ele fique e se entregue aos seus caprichos...
...Mas, ele vai...
É assim:
Meu amô
num qué qu'eu vá
Meu amô
num qué qu'eu vá
pá roda de capueira
e chamá meu camará
Eu disse qui vô
Mundiça num sô
Ela disse, mô:
— Eu disse num vá
Pruquê se cê fô
num tem mais amô
conto pá Ioiô
conto pá Iaiá
Já disse qui vô
cum medo num tô
nem de Ioiô
nem de Iaiá
Eu vô, eu vô...
Eu vô pá Olinda
Si oiço qui cê diz
madrugada finda
e num chego lá
Coqueiro balança
na beira do Má
na areia dança
na puêira fina
capueira ginga
joga camará
Eu vô, eu vô...
Eu vô pá Olinda
jogá na Ribeira
saudá Leopodina
Bimba e Lua