A dama de vermelho

Diante da minha escandalosa liberdade, os lençóis de seda envolvem o meu corpo

Cada detalhe dessa estrada sinuosa sendo fotografada pelo jornalista

O pigmento escarlate não passa de um complemento ao drama

Nada passa pela sua cabeça, enquanto seus lábios despejam um sorriso cínico e torto

Quem vai se importar com essa garota estúpida?

As rosas pisoteadas contam uma historia da qual ninguém quer ouvir

As taças revelam algo alem de um desejo insano ao bom observador

Ele sorri, enquanto ela se agita em seu intimo

Quem se importa com essa garota estúpida?

Ainda que o mundo tenda a girar à sua volta

Você não tem poder algum sobre suas mãos

A minha prisão tornou-se a minha impenetrável fortaleza

Ela me resguarda de sua selvageria

Os gritos ecoados junto às gargalhadas te incitam a entregar-se ao crime

Enquanto as minhas garras percorrem a sua pele cravando a minha assinatura

Suas mãos tocam o meu pescoço de modo sutil e agressivo

Sabemos muito bem do que se trata, não é mesmo?

Mas quem se importa com essa garota estúpida?

Sob o frio da noite, o corpo quente cede aos espasmos

Tento fugir dos olhos predadores que me devoram lentamente

As rosas pisoteadas calaram-se para a eternidade

Já que o observador preferiu manter a sua cegueira

Mas quem falará por essa garota estúpida?

Ainda que o mundo tenda a girar à sua volta

Você não tem poder algum sobre suas mãos

A minha prisão tornou-se a minha impenetrável fortaleza

Ela me resguarda de sua selvageria

Ainda que o mundo tenda a girar à sua volta

Você não tem poder algum sobre suas mãos

A minha prisão tornou-se a minha impenetrável fortaleza

Ela me resguarda de sua selvageria

Sob um rosto angelical, cabelo impecável e pele de porcelana

Sustentado por artifícios fúteis que atraem tanto fascínio

Sob um corpo feito para ser exposto, pernas firmes e lábios sugestivos

Com os seios desnudos e de coração aberto

Essas são as armas que dispomos para lutar

Enquanto as rosas despedaçadas constituem a nossa flâmula

Em brados abafados pelos anos inclementes

Ainda que o mundo tenda a girar à sua volta

Você não tem poder algum sobre suas mãos

A minha prisão tornou-se a minha impenetrável fortaleza

Ela me resguarda de sua selvageria

Ainda que o mundo tenda a girar à sua volta

Você não tem poder algum sobre suas mãos

A minha prisão tornou-se a minha impenetrável fortaleza

Ela me resguarda de sua selvageria

Dandara Marques
Enviado por Dandara Marques em 15/10/2012
Reeditado em 05/11/2015
Código do texto: T3934776
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