À primeira luz

A primeira luz entrou me coloriu pela janela,

A primeira luz mirei tua beleza sincera.

Arte barroca do amor brasileiríssima quimera,

Doce manga rosa astuta como a fera das feras.

À primeira luz a semente brotou num chão tão cálido,

Nova sensação de água alimentou um ser tão ávido.

“coloridamente” vôo nas asas do teu abraço,

A primeira luz me mostra seu sorrir de relicário.

Aura nova me seduz,

Anjo cor de jambo toda luz.

Manga rosa cor sabor

Á primeira luz mirei o amor.

A primeira luz senti cheiro de sol. De esperança,

Tomava meu ser de assalto, alto lá mão no juízo.

A primeira luz eu vi a solidão batendo asas,

Ianela da alma aberta fez de ti a minha casa.

Sou a folha da palmeira dançando ao sabor do vento,

Graças à luz dos teus olhos aprendi parar o tempo.

Você é tão coisa rara que o Saara se encheu de flor,

Sorriso da Mona lisa calor de rachar em Moscou.

Aura nova me seduz,

Anjo cor de jambo toda luz.

Manga rosa cor sabor

Á primeira luz mirei o amor.

Barco a vela, rosa na lapela do meu terno,

Motivo de todo o bom. O avesso do inverno,

Bem mais luminosa que a mais clara claridade,

À visão concreta do que é felicidade.

Aura nova me seduz,

Anjo cor de jambo toda luz.

Manga rosa cor sabor

Á primeira luz mirei o amor.

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 16/09/2012
Código do texto: T3885439
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