À primeira luz
A primeira luz entrou me coloriu pela janela,
A primeira luz mirei tua beleza sincera.
Arte barroca do amor brasileiríssima quimera,
Doce manga rosa astuta como a fera das feras.
À primeira luz a semente brotou num chão tão cálido,
Nova sensação de água alimentou um ser tão ávido.
“coloridamente” vôo nas asas do teu abraço,
A primeira luz me mostra seu sorrir de relicário.
Aura nova me seduz,
Anjo cor de jambo toda luz.
Manga rosa cor sabor
Á primeira luz mirei o amor.
A primeira luz senti cheiro de sol. De esperança,
Tomava meu ser de assalto, alto lá mão no juízo.
A primeira luz eu vi a solidão batendo asas,
Ianela da alma aberta fez de ti a minha casa.
Sou a folha da palmeira dançando ao sabor do vento,
Graças à luz dos teus olhos aprendi parar o tempo.
Você é tão coisa rara que o Saara se encheu de flor,
Sorriso da Mona lisa calor de rachar em Moscou.
Aura nova me seduz,
Anjo cor de jambo toda luz.
Manga rosa cor sabor
Á primeira luz mirei o amor.
Barco a vela, rosa na lapela do meu terno,
Motivo de todo o bom. O avesso do inverno,
Bem mais luminosa que a mais clara claridade,
À visão concreta do que é felicidade.
Aura nova me seduz,
Anjo cor de jambo toda luz.
Manga rosa cor sabor
Á primeira luz mirei o amor.