A moça e a saudade
Ela tinha um metro e sessenta
De sensibilidade,
Olhos amendoados e um coração
Que no peito guardava saudade.
Mas a dor de saudade, seu moço,
Dorflex nenhum pode curar.
Nem dá para passar a saudade
Com um ferro comum de passar.
Na hora de dormir, aquela linda moça
Sempre prendia seus cabelos,
Mas por pura ironia e mente vazia
Soltava os seus devaneios.
E a moça lembrava que o céu existia
E que era possível voar.
E aquela saudade era como garoa
E logo iria passar.
E de fato passou, e o tempo curou.
Ela encontrou alguém especial.
E hoje na vida dela, amor requentado
Não é mais o prato principal.