Arco-íris
Tantos, quantos arcos hão de mirar
Tantas, hajam flechas, hão de sentir
Tantas, hajam letras, hão de soletrar
Tantos, quantos sorridentes hão de só ouvir....
Quantas bocas fechadas querem murmurar
O sentido óbvio de fazer-se ouvir
Quantos olhos fechados hão de se envergonhar
Por estar num muro e se omitir....
Já disseram que o tempo é o senhor da razão
Que a vida é um projeto de pretérita sensatez
Mas fizeram em silêncio toda essa implosão
E em trajes de gala tornaram-se nudez....
Por isso, prefiro as cores,
das íris ou dores
semblantes e amores
pois é hora de recomeçar....
Porque o tempo
É aqui e agora
E, sem demora, é hora de plantar!