FLÂMULA DO NADA
Eu tenho fortes lembranças
Que comprimem o meu respirar
Às vezes conto a alguém
Às vezes ninguém irá fazer a menor diferença
Se entende o que vou falar
Existe um lado obscuro que sinto que há
Às vezes eu no espelho não posso me enxergar
Sou cartomante de cifras
Retrato pra decifrar moldura em carne viva
Do meu instinto a pulsar
Da mente com mil palavras
Da boca sempre a calar
Do verso cheio de engodo
Garganta e seu ressecar,
Da flâmula que não representa minha vida nem nada