Ciranda de Botequim
Eu vou pular dessa varanda
E mergulhar em seu jardim;
Bebendo água de botequim;
...E nos meus olhos jasmim.
Vou tombar nessa ciranda,
Mas cortarei sua beleza,
E no jantar virarei a mesa;
Servindo sangue, meia luz acesa.
Quanto mais injúria canta,
Rodopia essa tristeza
Em janelas na lembrança,
Entre a ilusão e a certeza
Eu vou dar a meia volta;
Volta e meia, vou dar;
E embriagado de revoltas,
Na ciranda vou girar.
O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.