Ofendidas

Livres como um passadiço

Eu vejo as águas da correnteza

Com tanto medo, paralisado, e foi por isso

Que duvidei e agora eu sei

Bravo não é o rio, ele é o escravo

Tenho certeza, eu desconfio.

Ele é cativo

Apesar de tudo, esperançoso e vivo

Sempre, talvez, nunca tem lado

E as águas são comandadas por tempos a fio.

Não duvide do entulho

Que apesar do silêncio da frente não sai

Observei e agora eu sei

Que são as águas as ofendidas

Como resposta, fazem barulho

Com o seu bestial orgulho

O rio é cativo

Apesar de tudo, ele é vivo

Sempre, talvez, nunca tem lado

E as águas são comandadas por tempos a fio.

Polion de São Fernando
Enviado por Polion de São Fernando em 28/07/2012
Reeditado em 03/03/2013
Código do texto: T3802032
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