FORTE

Olhar fixo no nada

Pensamento longe dali

Coração triste ganha a estrada

De um sonho sem começo, meio ou fim.

No balançar do corpo a dor

Que machuca na alma

E uma saudade “danada”

Do pouco que deixou.

No pedacinho de terra

Rachado e queimado

Sem mais nada oferecer

Mas que guarda no seio

A lembrança de uma criança

Que brincava de ganhar o mundo

Além da varanda...

Num sonho da noite de luar

Que provoca a lágrima do silencio

Que sente a tristeza no vento

Que corta o rosto moreno.

Num sotaque de Brasil

Sem Imagem e sem sorte

Que mata a saudade

E confirma que antes de tudo...

É um forte.