Belo Monte

Belo Monte tú deixará de ser belo,

Índio velho aonde irá se abrigar?

E as futuras gerações de tua raça,

Não terão peixe nem caça nem história pra contar.

Desespero vai gerando desespero,

Incerteza e medo pairando no ar.

Energia para alimentar progresso,

Sem consultar se é certo tudo irá se transformar.

Velho Xingu já aumentou sua vazão,

Já ta chorando vendo a destruição.

Vozes da mata um lamento que deságua.

Natureza não perdoa,

Aqui se faz aqui se paga.

Belo Monte alvo de luta ferrenha,

Peleja bruta, homem contra a natureza.

Sobra nos homens ganância e truculência,

Onde está a consciência?Natureza á gritar.

Com tantas formas de energia descobertas,

Inda preferem a natureza maltratar.

Ò companheiro ouça a voz desse meu canto,

Deixa o índio no seu canto pois aqui é o seu lugar.

Velho Xingu já aumentou sua vazão,

Já ta chorando vendo a destruição.

Vozes da mata um lamento que deságua.

Natureza não perdoa,

Aqui se faz aqui se paga.

Peixe sumiu ninguém sabe ninguém viu.

Caça foi embora alimento acabou.

Minha esperança que era verde a água levou,

No Pindorama deste céu tão varonil,

Matam aos poucos os primeiros do Brasil.

Velho Xingu já aumentou sua vazão,

Já ta chorando vendo a destruição.

Vozes da mata um lamento que deságua.

Natureza não perdoa,

Aqui se faz aqui se paga.

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 29/06/2012
Reeditado em 29/06/2012
Código do texto: T3751307
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