Petrichor

Cheiro de chuva após tocar o chão,

Chão de meu coração, que se anima a cantar.

Da plena e livre canção do amar,

Você me faz lembrar, daquele tempo bom.

Onde campo deserto, da mais linda flor,

Não chove mais que o tempo, que gera tanta dor.

Onde mentiras sórdidas, que secam ao desamar,

Levam consigo a beleza de um olhar.

-Petrichor lá no mar, ironia com certeza.

Beijo sem molhar, tua boca que almeja.

O cintilar da Lua, a paz do peito em vão.

Faz sentir o raiar, do céu em tuas mãos.

Chuva que abateu meus pés, e não conseguem molhar.

Brisa que ateia tão forte, que não vai me levar.

Arrular de beija-flor, que não parece me encantar.

O aludir da poesia, que me ensina a te amar.

Torna-se melodia, aquela história nossa.

Tardes ao balançar da rede, e o deitar na grama.

Suavidade no falar, no minutar e no aliciar.

Canção da flora... Fosfeno para amar!

Barone
Enviado por Barone em 22/06/2012
Código do texto: T3739242