Bluespócrita
O circo pega fogo,
E você apagando incêndio com demagogia barata,
O governo é ladrão, a ladroagem expandida,
E a vida bandida, a falta de caráter de cada hipócrita...
Usando o extintor da ladainha explícita
Não apagam o incêndio do rumo podre do país.
Qual vantagem de todo repúdio que tanto entonam,
Se nem suas pantufas tiram sentados em suas poltronas, me diz...
E pagam seus impostos pedindo soluções,
E soluçam pateticamente com reclamações,
E reclamam da miséria, da fome, da segurança,
Inseguros de agir embainhando suas espadas,
Por trás de seus escudos dentro de casa,
Embaixo das cobertas assistem a cena...
Do menor abandonado,
Sendo executado,
E diz sentir tanta pena, que pena,
Só é mais um hipócrita.
O debate ideológico é ilógico,
Na lógica de quem melhor governa,
Mas não saem da zona de conforto,
Jogam nas mãos dos porcos,
E mal percebem que jantam a lavagem,
Revolucionando dentro de seus lares
Como selvagens, cara de paisagem,
Grande atitude,
Eis tua coragem.
A demagogia,
A hipocrisia,
Alimentam infinitos debates,
No embate constante,
Do resultado do nada,
A injúria,
A revolta,
Não movem uma palha,
Pela reforma, pela melhora,
E resulta em nada.
E resulta em nada.
O resultado é o nada.
Os debates são nada.
Reclamações para nada.
Exigências pra nada.
Assim nada se transforma...
Nada mais nada.
Nada com nada.
Sou eu, é você,
Somos todos nada,
Por nada fazer.
Pois meu grande papel com essa palhaçada toda,
Nesse circo incendiado com uma faísca falhada,
É admitir nada ser.
Minha menor hipocrisia,
É admitir ser mais um hipócrita,
Como você.