SÚPLICA
Súplica
Aço frio de um punhal
Foi teu adeus para mim
Não crendo na verdade
Implorei, pedi.
As súplicas morreram
Sem eco, em vão,
Batendo nas paredes frias de um apartamento.
Torpor tomou-me todo e eu não sei mais nada,
Adormecido tenha, talvez quem sabe,
Pela janela aberta a fria madrugada
Amortalhou-me a dor com o manto da garoa.
Esperança, morreste muito cedo,
Saudade, cedo de mais chegaste,
Uma quando parte, a outra sempre chega,
Chorar, já lágrimas não tenho,
Coração, por que é que tu não páras?
E a taça do meu sofrer findasse,
É inútil resistir, se forças já não tenho,
Pois tu sabes bem que ela era a minha vida
Meu doce e grande amor.
Autores: Octávio Gabus Mendes, José Marcílio e
Ferjala Riskalla.
Curiosidade: Primeira letra\ música do cancioneiro
popular brasileiro, sem rima.
Cantor: Orlando Silva, apelidado o Cantor das Mul-
tidões e o preferido de Caetano Veloso.
É inútil resistir, se forças já não tenho
Implorei, pedi