SÚPLICA

Súplica

Aço frio de um punhal

Foi teu adeus para mim

Não crendo na verdade

Implorei, pedi.

As súplicas morreram

Sem eco, em vão,

Batendo nas paredes frias de um apartamento.

Torpor tomou-me todo e eu não sei mais nada,

Adormecido tenha, talvez quem sabe,

Pela janela aberta a fria madrugada

Amortalhou-me a dor com o manto da garoa.

Esperança, morreste muito cedo,

Saudade, cedo de mais chegaste,

Uma quando parte, a outra sempre chega,

Chorar, já lágrimas não tenho,

Coração, por que é que tu não páras?

E a taça do meu sofrer findasse,

É inútil resistir, se forças já não tenho,

Pois tu sabes bem que ela era a minha vida

Meu doce e grande amor.

Autores: Octávio Gabus Mendes, José Marcílio e

Ferjala Riskalla.

Curiosidade: Primeira letra\ música do cancioneiro

popular brasileiro, sem rima.

Cantor: Orlando Silva, apelidado o Cantor das Mul-

tidões e o preferido de Caetano Veloso.

É inútil resistir, se forças já não tenho

Implorei, pedi

Octávio Gabus Mendes, José Marcílio e Ferjala Riskalla
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 31/05/2012
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T3697415
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