Blues do Sem Teto

Em pensar a minha alma se atreve:

A vida é uma avenida

Fácil de nela se encontrar

Muitas pessoas perdidas

Pois na mesma não há placas

Indicando o destino

Será por isso que ela é tão breve?

Muita cachaça já tomei

Do meu amor já me perdi

O meu cigarro acabou

O meu dinheiro

Inalei pelo nariz

A madrugada esfriou

Os ratos me dão bom dia

Me olha o Trabalhador

Com competência e inucência

vai servir a burguesia

Eu sou prazer eu sou sofrer

Um cão vadio abandonado

Só porque não me rendi

Às correntes do Estado

Antes a minha loucura

Do que ser alienado

Adriano Soares Bardo
Enviado por Adriano Soares Bardo em 23/05/2012
Reeditado em 24/03/2018
Código do texto: T3683772
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