NO LIMITE, SOBRE TUDO...

Dou um trago, bebo uma cerveja,

Escuto Cauby nas fitas K7

Pluralizo os singulares

Insisto até rever

Pessoas que eu amo

E que não existem

Pessoas que eu amo

No mundo real (da imaginação)

Vivo os livros que leio

Não sou culpado, nem mentiroso

Gritem, xinguem Nietzsche

Pois foi ele que escreveu

Será que a verdade existe?

Será que a doença nos cura depois?

Brinco com o pó ainda branco

Na mente tudo se coloriu

Grafito muros invisíveis

Ilesos há milênios

Será que a resistência existe?

Será que a pureza escorre com o suor?

Olho nos olhos do meu pai

E vejo o passado que não tenho

Olho nas marcas da minha mãe

Renuncias que nasceram comigo

Será que a felicidade existe?

Será que o perdão nos faz melhor depois?

Dou mais um trago, bebo outra cerveja,

Belchior nega e justifica

Singularizo os plurais

Insisto até esquecer

Pessoas que eu amo

E que não existem

Pessoas que eu amo

No mundo real (da imaginação)

Rasgo os livros que li

As letras bombardeiam a mente

Trago ainda mais forte

Preciso aliviar

Será que a verdade resiste?

Será que a cura nos adoece depois?

Exalo o pó colorido

Quebro muros invisíveis

Que se danem os milênios

Será que a resistência ainda persiste?

Será que o suor nos trairá depois?

Olho nos olhos do meu pai

Pensar é o melhor que tenho

Olho nas marcas da minha mãe

Agradeço por está comigo

Será que os deuses resistem?

O que será que os ateus vão bombardear depois?

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 21/05/2012
Código do texto: T3680196
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