O filho da empregada...
(Moda de viola)
No oeste do paraná conheci um caboclo rico
que só de lembrar da história, arrepiado eu fico
desfilava na cidade só com carro importado
esbanjando seu dinheiro com festa pra todo lado
certo dia convidado a participar da igreja
respondeu eu não preciso, resolvo qualquer peleja
fazia pouco de tudo não atendia ninguém
montado em sua soberba nunca ajudou alguém...
Um dia num bairro pobre passeando com seu possante
levou um susto na hora as mão firmaram no volante
a bola vinha na frente e o menininho atrás
o freio não bastante, vejam o que o destino faz
o menino alí caído precisando de uma mão
o ricaço esbravejando quem vai arrumar o carrão
a mãe que veio correndo com o choro comoveu
e olhando naquela jovem o homem a reconheceu...
O menino não salvaram pelo fato da demora
a jovem chorando disse, vou conta-lhe a minha história
quando na sua mansão trabalhei muito sofri
tentando manter o emprego até na cama lhe servi
depois fui mandada embora só por um capricho seu
fiquei sem minha família e esperando um filho teu
não tive sorte na vida, mas jamais saí da linha
me dediquei a esse filho que era toda vida minha
pra minha tristeza agora, lhe digo o que aconteceu
foi nosso pequeno filho, que nessa rua morreu...
Adilson R. Peppes.
(Autor)