MEU MOLEQUE

...

Ei, ô malandragem...

Eu assino um cheque em branco por esse meu moleque...

Não adianta vir c'a "fuleragem"

Moleque é atacante sabe dar volta no beque...

E não vai ser a "piolhagem"

Que vai colocar o meu moleque em "xeque"

Lá na bocada o meu moleque é "ninja"

Pelo menos finja que não "tá" se mordendo

Ouça o conteúdo do seu MP3

Uma levada da antiga que ele mesmo fez

Mordido é promovido a Zé Ruela

Quando troca um corre desse pela "Sessão da tarde"

Nessa hora a disciplina, "meu cumpadi", se revela...

Empreitada de malandro não é pra covarde

Sai da frente, vê se não atrapalha

Deixa o samba do moleque cortar feito navalha

Ganhar tempo, cobrir a falha...

Se não acredita, pergunta pra Dona Amália...

Com uma mão na frente e a outra atrás

Voltou pra Campinas só na "requenguela",

Mas sob a luz e reza dos seus pais

No meio da ventania manteve acesa a "Vela"

O moleque é malandro nascido no Carvoeiro...

"Cabeceira", "aroeira" e não "cara de madeira"...

Desde o tempo da fazenda, moleque era arteiro

Quando nenem já balançava na cadeira...

Aprimorou foi na cidade o trejeito da "tarrafa"

Começou ganhar um troco com garrafa lá feira...

Quer sempre mais um pouco, mas só mexe no que é seu...

Eu tenho é muito orgulho desse moleque meu!

Áudio: no link aí embaixo.

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 14/05/2012
Reeditado em 14/05/2012
Código do texto: T3666986
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