PÓS - MODERNISMO

O poeta é um fingidor, finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente

E os que leem o que escreve, na dor lida sentem bem

Não as duas que ele teve, mas só a que eles não têm

E assim nas calhas de roda, gira a entreter a razão

Esse combolo de corda, que se chama o coração

O bonde abre a viajem, no banco ninguém, estou só

Depois sobe um homem, no banco sentou, companheiro vou

O bonde está cheio, de novo porém não sou mais ningém

E assim nas calhas de roda, gira a entreter a razão

Esse combolo de corda, que se chama o coração

Tudo vale a pena, tudo vale a pena , tudo vale a pena

Quando grande é a alma

Tudo vale a pena, tudo vale a pena , tudo vale a pena

Quando grande é a alma

Eder Rodrigues
Enviado por Eder Rodrigues em 13/05/2012
Reeditado em 24/09/2012
Código do texto: T3665723
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