PÓS - MODERNISMO
O poeta é um fingidor, finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente
E os que leem o que escreve, na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve, mas só a que eles não têm
E assim nas calhas de roda, gira a entreter a razão
Esse combolo de corda, que se chama o coração
O bonde abre a viajem, no banco ninguém, estou só
Depois sobe um homem, no banco sentou, companheiro vou
O bonde está cheio, de novo porém não sou mais ningém
E assim nas calhas de roda, gira a entreter a razão
Esse combolo de corda, que se chama o coração
Tudo vale a pena, tudo vale a pena , tudo vale a pena
Quando grande é a alma
Tudo vale a pena, tudo vale a pena , tudo vale a pena
Quando grande é a alma