RESTOS
Se me fiz em trapos
Me juntei aos ratos
Inspirei boatos
Descumpri contratos
Minhas más intenções foram fatos
juntos, o negativo "des" à confiança
Olhos de desesperança
Estive com ratos,
Disputando restos
Uma vida vazia
Levei à revelia da noite e do dia
Desonestidade não havia
No já passado futuro que me resta
Sou o tolo sabido
Metido na côrte, na festa
Entendo a canção, a seresta
Entre os ratos,
Dividindo os restos
Credibilidade, modesta
A verdade contesta
Sou quem sou, mal aceito
Fui outro, não quem sou
Sei o que quero ser
Busco no aprender...
Prazer de ensinar
Dos ratos,
Rejeitando os restos
Confesso... me apraz ostentar!
O que sei, surpresa, posso provar
Nem só mentira minha boca atira
(Des)confiado sempre, o que me ouve
Sabe o pretérito
Tramita em inquérito o que fiz
Seja feliz
Aos ratos,
Os trapos, os restos