NO TEMPO DA INVASÃO

...

Dormi de berro na mão...

Portei "trezoitão" no tempo da invasão...

Tem nego que hoje aqui mora e "não gosta" da história

Pergunte então...

Ao Vilzão se quiser comprovar

Foi testemunha ocular...

O samba rolava do lado de cá...

Quem quisesse forró na porteira de lá...

Lá na nossa barraca

"Piou" um babaca querendo "reinvadir"

Poeta puxou uma faca, encarou a estaca...

E gritou pra quem quisesse ouvir:

Se "por" o pé pra dentro

Vai ficar aí no centro pra gente mostrar...

O que acontece com quem invade

Uma comunidade que mal acabou de começar...

Vai ficar amarrado no meio do pasto

Sujeito nefasto que brinca com a luz...

Malandro não tolera "trezão" que exagera

E joga pedra na cruz...

Como pode um caído catar outro caído

Pra fazer do caído refém???

Isso não faz sentido...

Quem mexer com o Caído,

Vai ficar caído também!!!

Vai cair do cavalo...

Empurro até o talo...

É assim no lugar de onde venho...

Eu também sou caído

E morro, caído, grudado no que ainda não tenho.

O nome da quebrada não foi dito

E não será dito por mim...

Metaforicamente...

Pode, perfeitamente, ilustrar

Outras quebradas assim...

Figura de linguagem

Olha só malandragem...

Rima com esse refrão...

Só vou dizer que o nome transfere energia

E sugere Organização...

...

Áudio: no link aí embaixo.

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 29/04/2012
Código do texto: T3639681
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