Pra minha mãe

Mãe,

Como podia esquecer

e não falar de você,

não te por numa canção.

E não reverenciar

quem construiu pra morar,

a primeira a entrar

dentro do meu coração.

Quem teve que suportar

todo aquele mal-estar

das mudanças que eu trazia.

E se sofrendo, mesmo assim,

do começo até o fim

já pensava mais em mim,

como ainda hoje em dia.

E nem sequer esperou,

já de cara me amou

mesmo antes de me ver.

Encarou a aventura

com toda graça e ternura,

em meio as manhas e travessuras,

de me ensinar a crescer.

Nas fraldas e mamadeiras,

nas lições, nas brincadeiras,

nos apuros da adolescência,

Mãe, em tudo você estava,

com você que eu contava,

conduzia, orientava,

e assim marcou sua presença.

E se hoje sou o que sou

é graças ao seu amor,

a sua dedicação.

Pela vida que me deu,

pelas unhas, os dentes seus

que por ela me defendeu,

os conselhos,

a atenção.

Por tudo, como pode ver,

não cabia te esquecer,

e não falar de você,

e não te por numa canção.

GELComposicoes
Enviado por GELComposicoes em 25/04/2012
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T3633102
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