ESTRADA DA MÃO GRANDE

O Telecoteco me convidou pr'eu tocar no seu boteco...

Fica na Estrada da Mão Grande,

Lá mora um truta meu, o véio Dedo Quieto...

Que me chegou, todo cheio de dedo,

Tremendo de medo... "Cê vai no Telecoteco?

Fica esperto que naquele boteco...

De vez em sempre sobra 'uns teco'"!

Tamanha periculosidade

Não vi em nenhum outro lugar!

Sou malandro da antiga,

Mas o frio na barriga

Não pude evitar...

Uma "pá" de bala ensandecidas,

Perdidas... Querendo se achar...

Disseram que na Estrada da Mão Grande

Dedo Duro e Dedo Mole sempre vão se esbarrar!

Por uma questão de amor à vida...

Passagem só de ida... É bom evitar...

Lá o Capeta perdeu espaço,

Aparece no pedaço, mas só pra despachar...

Traz um "trezoitão" embaixo do braço,

Embrulhado num chumaço pra desbaratinar...

Vê vagabundo, aperta o passo...

De tanto cagaço que ele tem daquele lugar

O pior é que "tá" tudo certo...

No mês que vem eu volto lá

(No aniversário do Caveira)

O cachê "tá" na carteira, eu não posso pisar!

Vou em respeito aos Bambas...

Verdadeiro malandro não se abala,

Mas só posso ser acompanhado, nesse samba,

Pelo Grupo Colete à Prova de Balas!

Voz que responde: Saudoso amigo e parceiro Nenê do Cavaquinho a quem, inclusive, em razão de sua recente morte, foi dedicado o CD A RIMA NUA E CRUA DA RUA QUE É MINHA E SUA (razão do relançamento da faixa que já havia sido lançada no CD SAMBEMBOLADO)

Audio: http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/48154

E/ou através do link aí embaixo.

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 21/04/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3625565
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