GRITO EM FEBRE O TEU NOME
Grito em febre o teu nome
Como se fosse a própria liberdade
Revivo outra vez as memórias
Pra entorpecer incansável realidade
Corro pelos escombros
Como se fosse nos Campos Elísios
Sinto o perfume das flores
O calor dos nossos filhos
Que não vieram a esse mundo
Mas que sempre existiram
É certo que o que tenho é pouco
E isso é um resquício muito raro
Sigo enfrente há certo tempo
Mesmo sem forças e exausto
Nunca fui imune a dor
É que está dor posta ao sentimento
Queima como se fosse plástico
Transformando fumaça negra
Em ar puro, quase indulto abençoado
Trago no estomago da carne
Fome que não se sacia
Porque o vicio é o mais perto da cura
Distrai toda agonia
Que em mim (sem você) habita
Grito em febre o teu nome
Se deus existisse até ele gritaria
E quando fosse o inverno
Nem um inferno o esquentaria
Esse é meu sentimento
Esses são os meus dias
Essa é minha vida
Com tudo que me habita