MARIAS DE TODOS OS DIAS

Lá vai Maria e lá vem um novo dia,

de um lado vai uma trouxa e do outro lado a cria.

O tempo passa e vem espiar na janela

enquanto ele não passa toma conta das panelas

É cantadeira, bela fada benzedeira

berços de braços que embalam e afagam a noite inteira

Marias de todos os nomes, Marias de todos os dias.

Matam sede, matam fome, seja noite, seja dia

do campo ou da cidade, Marias de todos os dias

no tanque ou no teclado sejam benditas Marias

Elas são tantas nos galpões ou nas esquinas

são virgens, mulheres santas, e outras de uma triste sina

sufocam no peito mágoas e dores insanas,

a febre do preconceito e outras batalhas urbanas.

Já choraram seus guerreiros que tombaram combatentes

hoje choram pelos filhos que a rua tornou ausentes

Marias de todos os nomes, Marias de todos os dias.

Matam sede, matam fome, seja noite, seja dia

do campo ou da cidade, Marias de todos os dias

no tanque ou no teclado sejam benditas Marias

Lá vai Maria

E lá vem um outro dia

Lá vem Maria

E lá se foi um outro dia

Lá vai Maria

Lá vai Maria

Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 11/04/2012
Reeditado em 11/04/2012
Código do texto: T3606288
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.