Recanto da Paz II

Longe o sol já no finzinho

A passarada se amontoa

Lá do céu como um presente

O luar rasgando as nuvens

Põe a lua na lagoa

E a dança da imagem

Da lua n´água com o vento

Vai aos poucos me embalando

Refletindo toda a calma

Com tão calmo movimento

E essa calma invade tudo

E pra rede me convida

Era essa mesmo a vida

Que esperava encontrar aqui.

Até o gado está calmo,

São tão poucos os mugidos

Mas barulho faz o vento

Que nas fendas do telhado

Vai riscando seu gemido

Colhe antes no pomar

O cheiro das laranjeiras

Que com suas flores brancas

Como que invejando a noite

Imitam o céu cheio de estrelas

Eu também imito o vento

Vim tão longe da cidade

Pra colher felicidade

Nesse recanto de paz

E conforme atrás da mata

O sol vai se escondendo

As estrelas vão chegando

Sem aviso sem alarde

Uma a uma aparecendo

Percebendo o céu limpo,

As nuvens que foram embora,

Como quem esperou muito

Brilham então desesperadas

Aproveitando bem a hora

Como eu aqui na rede

Aproveitando esse momento

De tão calmo pensamento

Vivo um pouco enfim agora

GELComposicoes
Enviado por GELComposicoes em 10/04/2012
Código do texto: T3605455
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