Asas invisíveis

Tenho uma estrela no peito,

Que há de sempre brilhar.

Inda que as nuvens do medo,

Insistam em sufocar.

Trago uma chama escondida,

Na alma a crepitar.

Inda que os ventos da vida,

Insistam em apagar.

Asas invisíveis,

Nenhuma grade pode parar.

Sonhos são possíveis,

Nenhum grilhão há de suportar.

Em paralelas de aço hei de voar.

Meter o pé na estrada, alcançar.

A alegria que está nas cordas do violão

Nada há de apagar minha estrela a brilhar

Viva a música!

Tenho uma seiva latina,

Correndo nas veias.

Inda que mil caras feias,

Queiram me assombrar.

Trago uma força contida,

Que não cansa de lutar.

Inda que os muros da vida,

Queiram segurar.

Asas invisíveis,

Nenhuma grade pode parar.

Sonhos são possíveis,

Nenhum grilhão há de suportar.

Em paralelas de aço hei de voar.

Meter o pé na estrada, alcançar.

A alegria que está nas cordas do violão

Nada há de apagar a estrela há de brilhar,

Viver a música.

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 05/04/2012
Código do texto: T3596470
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