Cancioneiro do luar

Vai companheiro,

Meu amigo predileto.

Vai cantar seus doces versos,

Ao teu amigo luar.

Hoje te escrevo,

Com toda a simplicidade.

Pois veio a velha saudade,

O meu peito judiar.

Sinto saudade,

De ouvir tua voz serena.

Sob a lua doce plena,

A fazer suas canções.

Vai companheiro,

Fazer nova serenata.

Para o luar cor de prata,

E as estrelas dos rincões.

Vai meu velho,

Pegue teu Cavalo zaino.

E a sombra do teu ipê,

Violão vem dedilhar.

Chamas-te Pedro.

Velho amigo grande homem.

No meu peito tens um nome,

Cancioneiro do luar.

Sinto saudades,

De ouvir tuas estórias.

De Iara,lobisomem,Curupira e Nego d água.

Já não te vejo,

Mais sentado na varanda.

A saudade se levanta,

Aumentando minha mágoa.

Descansa em paz,

Meu eterno cantador..

Para mim mais que avô,

Um companheiro quase um pai.

O teu retrato,

Mata a saudade que avança.

Minha luz,minha esperança,

Que já não existe mais.

Vai meu velho,

Pegue teu Cavalo zaino.

E a sombra do teu ipê,

Violão vem dedilhar.

Chamas-te Pedro.

Velho amigo grande homem.

No meu peito tens um nome,

Cancioneiro do luar.

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Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 16/03/2012
Código do texto: T3558507
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