Sodade, um “trem” que nunca para.

Quis de novo ser menino,

Só pra poder recordar.

Um presente que o destino,

Veio de novo ofertar.

Eu não me fiz de rogado,

Aceitei a sugestão

E retornei ao passado,

No trem da recordação.

Fechando os olhos eu vi,

O amarelo da estação

Era o sol da alegria,

Me enchendo de emoção.

Apesar da madrugada,

Que já me dava benção,

Viajei sem levar nada,

Só eu e o meu coração.

Ao longe a casinha branca,

Deve ser bom morar lá.

Por todo lado era verde,

Esperança de sonhar.

E na entranha um riozinho,

Onde eu lavei meu olhar.

E a cada nova estação,

Alguém que vai embarcar.

Vai velho trem,

Do meu sonhar.

Não carece pressa,

Inda não quero acordar.

Vai coração, viajar,

Ao frescor de um tempo,

Que não pode mais voltar.

Tanta gente indo e vindo,

Tanto riso e penar.

Era o momento mais lindo,

Que eu podia avistar.

Alegria interiorana,

Outra alegria não há

Adoça a nossa vida,

Como é bom esse lugar.

Tudo que é bom dura pouco,

Ai que tristeza que dá.

Abri os olhos saudoso,

Indo querendo ficar

O trem da vida é louco

Já é hora de acordar.

Que pena que era ilusão

Era tão bonito lá.

Ò velho trem,

Por que parou?

O tempo passou,

E o que era doce acabou.

Onde está meu coração?

Devo ter lhe esquecido,

Lá na última estação.

Sodade!

È um “trem” que nunca para

Por:Nilo Carvalho

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 10/03/2012
Código do texto: T3546545
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