POESIA NA MADEIRA
Ontem voltei lá naquela quebrada...
Vi o barraco onde a gente vivia
Ainda está na porta toda mal rabiscada...
A última estrofe daquela poesia
Que injuriado eu apaguei às pressas...
Já com a mala pronta quando eu saía
Não acredito que fiz uma coisa dessas...
Eu que sempre guardava tudo o que escrevia
“Matei” por vingança um verso criança...
Que ensaiava estrepolia dentro da harmonia
Melhor se eu tivesse direito apagado...
Ou então decodificado o que acontecia
Eu me enganei amor...
Devia estar chapado naquele dia
Eu que jurei nunca mais rimar amor com flor...
"Tô" juntando amor com dor à melodia...