POESIA NA MADEIRA

Ontem voltei lá naquela quebrada...

Vi o barraco onde a gente vivia

Ainda está na porta toda mal rabiscada...

A última estrofe daquela poesia

Que injuriado eu apaguei às pressas...

Já com a mala pronta quando eu saía

Não acredito que fiz uma coisa dessas...

Eu que sempre guardava tudo o que escrevia

“Matei” por vingança um verso criança...

Que ensaiava estrepolia dentro da harmonia

Melhor se eu tivesse direito apagado...

Ou então decodificado o que acontecia

Eu me enganei amor...

Devia estar chapado naquele dia

Eu que jurei nunca mais rimar amor com flor...

"Tô" juntando amor com dor à melodia...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 07/03/2012
Código do texto: T3540972
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