Como dois amigos

Então me empresta teus braços e

tuas mãos;

Abraçaremos juntos o violão.

Vamos Brincar nas cordas

E acordar uma velha canção,

que há muito tempo espera

dentro do meu coração.

Eu escrevi a poesia;

Você põe a melodia,

porque é quem conhece a magia

Para faze- lá voar.

Como um pássaro prisioneiro,

ela quer se libertar;

Quer voar pelos campos,

ir pelos montes, pelos mares,

horizontes.

E nossas mãos vão passeando

Nas cordas bem afinadas.

Pai e filho brincam juntos

Na noite já começada.

Vem! Que o vento parou

para ouvir.

Ele me diz que a tarde é finda

e que a primeira estrela

não tardará a luzir.

Pai e filho noite a dentro

Juntos na mesma estrada.

Não há mais o que ensinar

e nem há que aprender mais nada.

O filho se torna o pai

No encanto desta toada.

Qualquer um pode ser o pai!

Qualquer um pode ser o filho;

Juntos na mesma estrada;

juntos....

juntos nesta toada;

O filho se tornou o pai

e o pai se despede da estrada.

A vida fecha seu ciclo serena;

Sereno fim de jornada.