Eis Ali Onde Eu Morri
Eis Ali Onde Eu Morri
(Renan Flores)
Era um belo dia
Saiu pra trabalhar
Deixou esposa e filhos no lar
Um sorriso no rosto
O caminho a caminhar
Um marido de quem se orgulhar
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
Na volta pra casa
Um mendigo a mendigar
Pedia duas moedas pra jantar
Um homem tão gentil
Não podia recusar
Levou o homem pra dentro de seu lar
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
Todos se assustaram
Com a aparência do sujeito
Mas o marido disse que havia jeito
Um banho bem quente
Joga a água sobre o peito
Nesta banheira é onde eu me deito
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
Foi grande a surpresa
Quando saiu do banheiro
Antes mendigo, agora cavalheiro
Pra dona da casa
Atirou um olhar ligeiro
E pro marido pediu algum dinheiro
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
No dia seguinte
Quando o marido saiu
Fitava a esposa e seu quadril
Pega indefesa
Ela não resistiu
E na cama do marido ela o traiu
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
Chegando ao trabalho
O marido percebeu
Que algo de importante ele esqueceu
Pra casa ele voltou
E não acreditou
O mendigo na cama com seu amor
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
Tomado de raiva
O coração partido
Pulou em cima do seu inimigo
Rolaram pelo chão
Era só ódio e agressão
A esposa implorava por perdão
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim
O marido era mais forte
O mendigo mais vivido
Enfiou um canivete no traído
O corte foi profundo
O chão avermelhou
E o marido rugia de dor
O mendigo levantou
Aproximou-se do inimigo
O marido encarava o bandido
Um homem tão bonito
Ainda era tão moço
Morreu com um corte no pescoço
O trabalho estava feito
Amantes se olharam
Pensaram em uma solução
Por estradas viajaram
O corpo enterraram
E logo depois se casaram
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Meu corpo enterrado por ali
Eis ali, eis ali
Eis ali onde eu morri
Quando passarem deixem flores para mim