TRAJETORIA DE UM CRIME - Billy Brasil – Claudinho 11
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Rico é o prazer de ver o mundo tão bacana/
Carros turbinados rodam em Copacabana/
Essa é a trajetória de um homem sangue bom /
Que teve na pistola a garantia do seu som /
Conheceu varias meninas, garotas de programa /
Que rolam rap e droga e se arrastam pela cama/
Sem mãe e sem o pai andando pelo mundo /
Foi de encontro ao crime que é um poço mais profundo/
A lenda que seu nome vai ser filme nacional /
Começa na calçada quando o enquadro é social /

Passou fome passou frio, não pode estudar /
Pra que a faculdade, se não pode nem pagar /
Traficante adota o homem que não conta com alguém /
Ganha casa, roupa e carro, não é um Zé ninguém /
Do dia para a noite um salto fulminante /
Artigos da moda dinheiro a todo instante /
Bateu fraco, bateu forte seu destino era a sorte /
Aos vinte respeitados, esqueceu até da morte /
Policia furiosa quer botar a mão na fera /
Eles tem o tempo todo pra ficar na sua espera /

Destino permitiu e conheceu sua Maria /
Trabalhava e estudava menina de família /
Ela tinha a seu favor um livro de argumento /
Pediu a ele que pensasse um só momento /
Disse a ela (to bem fique na boa,
fiquei com tanta mina hoje amo, sua pessoa). /
Nos percalços dessa vida tudo era tão normal /
Mas o homem se perdia entre o bem e o mal /

Terça feira, dia triste nesse tenebroso inverno /
O homem desconhece coisas que vem do inferno /
Conversa com Maria, encostado num Escort /
Vacilou não tinha a arma à visita era a morte /
Do lado do bem do lado do mal, não importa ele ficou na marca da cal

A rajada de balas interrompe aquele beijo, que há instantes era amor, amor e só desejo /
Maria na calçada, hora e lugar errado /
Sangue na roupa enxerga seu passado /
Tarde demais, não há tempo, dor no rosto /
O sentido dela foi ficando bem fosco /
Olhou pra cima, viu anjos com Maria /
Trajetória comum de uma pessoa que sabia /
Que um dia acabaria de vez a sua sorte /
E ficaria de braços dados com a morte /

Podia ser mais fácil, podia ser difícil /
Podia ser brinquedo, podia ser fuzil /
Crianças correndo e pedindo socorro /
E o trafico levando comida pro morro /
Choro na calçada, corpos em jornal /
Zé povinho comenta, talarico é fatal /
Essa gente nada sabe, é coisa do cão /
A língua do capeta bota os mortos no caixão.


GRAVAÇÃO - CLAUDINHO 11
musica - billy brasil
letra - billy brasil - claudinho 11
studio file
tecnico serginho file
produção musical billy brasil
arranjos - billy brasil

18/04/2006/ - 11,00 HS - pqi - sbc - sp