QUANDO NÃO VALE MAIS A PENA NEM BRIGAR.

Nosso suor secou

fugiu dos poros,

revoou.

Quem é você, diga lá

quem é você, diga cá.

A paixão partiu em revoada

virou amante velha e cansada,

o que foi bom ficou azedo, ficou nada,

ficou nada.

Acabou a vontade de sorrir, de parir, de partir.

Busco algum retalho do que fomos na alma

mas tudo está oco, está seco, está lodo, está encardido.

Se batermos na nossa porta ninguém vai abrir

Quem é você, diga lá

quem é você, diga cá.

A nossa vida não tem mais graça,

o tempo foi enchendo nossa vida de traça

cada beijo que trocamos é seco, todo seco,

não dá mais vontade nem de morrer.

Podemos ir cada um prum lado,

podemos fingir que ainda temos fogo,

podemos achar que o show ainda pode começar,

que nada, que nada, meu amor.

Podemos tentar recomeçar toda história,

buscar no fundo do baú algum momento de glória,

ir atrás de alguma luz, de alguma flor, de alguma varanda.

Hoje nossos corpos não se conhecem mais,

nosso sangue ficou coalhado, coitado,

nosso coração está jogado num canto qualquer,

num canto qualquer,

de um jeito que nem o diabo quer.

Quem é você, diga lá

quem é você, diga cá.

Vamos juntar nossos trapos, o que sobrou deles,

cada um pega sua trouxa e se manda daqui

não precisa nem dizer tchau, nem olhar pra trás

nosso tempo passou do tempo, virou triste alegoria,

acabou a cor,acabou o gosto, acabou a magia,

não vale mais a pena nem brigar.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 03/02/2012
Reeditado em 19/02/2012
Código do texto: T3479045
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