No Morro

No morro,
Ao final da madrugada,
O samba é entoado por pardais
E por sabiás


O sol,
Abre seu manto, em majestade,
E avisa que é preciso um novo dia
Revelar

O tom,
Dessa beleza, multicores
É quadro que só Deus
Soube pintar ...

E a Vida,
Que dormiu no meu abraço, meu sinhô
Me lembra que
É preciso trabalhar


Oi, vem, vem, vem !!!

Vem, vem, vem, vem, vem
Vem ver o morro em flor,
O ano inteiro

O samba vem com graça
Anunciar,
Que aqui se colhe fruto
É no pandeiro

Oi, vem, vem, vem !!!


 Levanto,
Escovo os dentes na preguiça,
Café e  pão dormido,
 a me esperar
 
A lua,
Se escondendo do mormaço,
Já sabe horário e tempo
De voltar
 
Diante,
Do esplendor da realeza,
 Contemplo o horizonte,
Céu e mar ...
 
Despeço,
Dou um beijo na morena, meu sinhô,
Me ponho no transporte
A chacoalhar

 
Oi, vem, vem, vem !!!

 

 
Germano Ribeiro e Maria Araújo; P.C.Gomes
Enviado por Germano Ribeiro em 24/01/2012
Reeditado em 17/05/2016
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