Do mal que há em mim
Liberta-me de um mal sem mil perdões
Liberta-me!
Liberta-me!
Eu que já estive em todas as prisões
Liberta-me!
Eu, que quando me perdi às sensações
Senti que o mundo dera-me as razões
Para aprisionar tantos corações
E por mal cometi tais infrações
Liberta-me!
Liberta-me...
Vens... não regeita a Tua mão amiga
Não retraias este Teu pulso firme
Liberta-me!
Liberta-me!
De qualquer intriga antes de eu ir-me
Liberta-me!
Liberta-me!
E com esta Tua voz de mil sermões
Levas, então, por todas as nações
O meu perdão e as minhas aflições
O meu clamor e as minhas orações
Liberta-me!
Liberta-me!
Liberta-me!
Liberta-me!
Minha alma hoje presa é por mim
Em peitos alheios de uns serafins
Que me rodeiam sendo arlequins
Ansiosos para verem o meu fim
Mas na penumbra desta noite vil
Meu peito encontra a voz que o reavive
Trazendo-me aforça que nunca tive
Nos cantos que nunca ninguém ouviu.
E minha alma dos cárceres se solta,
E o meu corpo se alegra nesta volta
Meus erros são do passado que eu fiz
Apartai-mos de mim pra eu ser feliz.
Liberta-me!
Liberta-me!
Liberta-me dos Teus perdões
Liberta-me das Tuas prisões
Liberta-me das Tuas tentações
Liberta-me das Tuas aflições
Liberta-me!
Liberta-me!
Liberta-me dos Teus sermões
Liberta-me das Tuas razões
Liberta-me das Tuas orações
Liberta-Te, Senhor, dos nossos corações
Liberta-Te, Senhor, do mal que há em mim.