Do mal que há em mim

Liberta-me de um mal sem mil perdões

Liberta-me!

Liberta-me!

Eu que já estive em todas as prisões

Liberta-me!

Eu, que quando me perdi às sensações

Senti que o mundo dera-me as razões

Para aprisionar tantos corações

E por mal cometi tais infrações

Liberta-me!

Liberta-me...

Vens... não regeita a Tua mão amiga

Não retraias este Teu pulso firme

Liberta-me!

Liberta-me!

De qualquer intriga antes de eu ir-me

Liberta-me!

Liberta-me!

E com esta Tua voz de mil sermões

Levas, então, por todas as nações

O meu perdão e as minhas aflições

O meu clamor e as minhas orações

Liberta-me!

Liberta-me!

Liberta-me!

Liberta-me!

Minha alma hoje presa é por mim

Em peitos alheios de uns serafins

Que me rodeiam sendo arlequins

Ansiosos para verem o meu fim

Mas na penumbra desta noite vil

Meu peito encontra a voz que o reavive

Trazendo-me aforça que nunca tive

Nos cantos que nunca ninguém ouviu.

E minha alma dos cárceres se solta,

E o meu corpo se alegra nesta volta

Meus erros são do passado que eu fiz

Apartai-mos de mim pra eu ser feliz.

Liberta-me!

Liberta-me!

Liberta-me dos Teus perdões

Liberta-me das Tuas prisões

Liberta-me das Tuas tentações

Liberta-me das Tuas aflições

Liberta-me!

Liberta-me!

Liberta-me dos Teus sermões

Liberta-me das Tuas razões

Liberta-me das Tuas orações

Liberta-Te, Senhor, dos nossos corações

Liberta-Te, Senhor, do mal que há em mim.

Luis Carlos Wolfgang
Enviado por Luis Carlos Wolfgang em 10/01/2007
Código do texto: T342153