Guerra gaúcha! (música tradicionalista)

Trago um lenço nos beiços.

Do ventre tenho como exemplo.

Um terço de mim... Bem pachola.

No coração ensaco minha viola.

pois como em pranto de novilho manso,

acende, rasga a cordiona e manda embora!

Do que sobrou de mim,

juntou-se algumas histórias,

se sou rebento, "garrilho" aguerrido,

atrás de mim virão o resto de nossas tropas...

Quando um clarão me dá arrepio,

peço ao "Pai" que pelos meu filhos,

eu volte pra casa batendo esporas,

templado, forjado a fogo e a frio,

criado a melado e bagaço de laranja,

que com eles anunciavam,

o momento da colheita com o clarear da aurora,

Se em "taio" era redomão,

em casa a tarefa era varrer o chão,

empunhar o formão,

e lavar as próprias calças,

a vida sempre foi dura,

e guardo com isso,

que foi a "moldura"

de ser o que sou agora.

Acostumado com assombro e o frio,

agora enxergo apenas...

Uma meia dúzia de cordas,

se no mundo dou voltas,

e com o bonito som das gaivotas

que da madrugada vinham,

alimentar suas propostas,

de trazer ao povo gaúcho,

o que esqueceram em suas portas,

(Refrão)

Ser gaúcho é assim!

Não se dá e nem se vende,

sabe que ser gaúcho,

é mais do que ter um verde,

a bandeira que empunha os nossos laços,

que carrega os nossos traços,

que nos fazem ser diferentes...

É tomar o mate amargo!

JHEISON GARCEZ SEVERO
Enviado por JHEISON GARCEZ SEVERO em 25/12/2011
Reeditado em 24/08/2015
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